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Alunos de Etec criam braço robótico para auxiliar crianças com paralisia cerebral em fisioterapia

Por Márcio Junio

publicado em 06/03/2023

Projeto de três estudantes da capital paulista foi feito para Trabalho de Conclusão de Curso e acabou sendo reconhecido como o melhor da sessão em Neuroreabilitação do 7º Congresso Latino-Americano de Órgãos Artificiais e Biomateriais

Com o objetivo de auxiliar crianças com paralisia cerebral durante a reabilitação, estudantes do Ensino Médio Integrado ao Técnico de Eletrotécnica da Escola Técnica Estadual (Etec) do Jaraguá, na capital paulista, tiveram a ideia de criar um braço robótico que seria útil principalmente em sessões de fisioterapia para o Trabalho de Conclusão do Curso (TCC).

Assim Caroline Brito, Eric Frazão e Gabriel Mera, sob a orientação do professor Jean Mendes, realizaram o projeto como parte do TCC, em 2022.

Mas, para a surpresa do grupo, o braço robótico chamou a atenção na 7ª edição do Congresso Latino-Americano de Órgãos Artificiais e Biomateriais, realizada em dezembro do ano passado. O projeto foi considerado o melhor da sessão em Neuroreabilitação, de acordo com o Centro Paulo Souza.

“Foi incrível. Nosso projeto foi reconhecido como o melhor da sessão em Neuroreabilitação, apesar de estarmos em meio a muitos projetos de pós-graduação. Acredito que essa participação foi importante para trazer mais confiança e maturidade, tanto individual quanto em grupo”, afirmou Eric Frazão, de 17 anos, em nota divulgada.

Como funciona o braço?

 

Alunos da Etec criaram braço robótico para auxiliar crianças com paralisia cerebral em fisioterapias — Foto: Divulgação/Centro Paulo Souza

Alunos da Etec criaram braço robótico para auxiliar crianças com paralisia cerebral em fisioterapias — Foto: Divulgação/Centro Paulo Souza

Os estudantes explicam que o projeto funciona com sensores instalados ao longo do braço do usuário. Cada gesto que a pessoa faz é captado e enviado ao protótipo, por meio de radiofrequência, e o equipamento imita a movimentação.

 

Na fisioterapia infantil, o projeto poderia auxiliar os pacientes em reabilitação por meio de atividades lúdicas (veja vídeo acima).

“Por exemplo, a criança agarra uma bolinha e coloca em uma caixa, e o braço robótico imita esse movimento. Essa atividade contribui para desenvolver a parte cognitiva e motora, reduzindo as consequências da paralisia cerebral e promovendo a independência do paciente em tarefas do dia a dia”, explica Eric.

 

Congresso

 

Da esquerda para a direita: professor Jean Mendes, Gabriel Mera, Eric Frazão e Caroline Brito — Foto: Divulgação/Centro Paulo Souza

Da esquerda para a direita: professor Jean Mendes, Gabriel Mera, Eric Frazão e Caroline Brito — Foto: Divulgação/Centro Paulo Souza

Com o projeto pronto, o grupo decidiu participar da 7ª edição do Latin American Congress of Artificial Organs and Biomaterial, conhecido como OBI.

Criado pela Sociedade Latino-Americana de Biomateriais e Órgão Artificiais (Slabo), o OBI é um congresso no qual são submetidos artigos de diversas áreas para uma troca de impressões sobre o tema abordado.

Em 2022, o evento aconteceu entre os dias 6 e 7 de dezembro, em formato online e gratuito.

De acordo com a Prefeitura de São Paulo, o TCC da equipe também foi apresentado em outros eventos, como a Feira de Ciência e Tecnologia da Região de Bragança Paulista (Bragantec) e a Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (Febrace), organizada pela Universidade de São Paulo (USP).

Fonte: g1

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